sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O Princípio da Equidade ou Ninguém Gosta de Sair Perdendo

Muitos de nós conhecemos alguém que é cheio(a) de exigências para com as pessoas e bem pouco tolerante com os defeitos delas: “Fulano tem que ter tal e tal característica, tem que ser assim, assim e assado, se não for assim eu não quero nem saber”, etc. Muitas destas pessoas às vezes têm uma característica marcante: pensam que é o outro ou a outra que lhe vão proporcionar a tão esperada felicidade; quando isso não acontece, o culpado invariavelmente é este outro que fica com a “obrigação” de superar seus defeitos para enfim poder fazer esta pessoa feliz.

E a pessoa em questão? Bem, para ela mesma não costuma ser necessário que mude nada em si, pois tem razão em tudo – é o outro ou a outra que tem que acompanhá-la. Não é preciso ser um especialista em relacionamentos amorosos para saber que um dos destinos mais frequentes para estes “donos da verdade” é a solidão.

Para tais pessoas, apresento-lhes um conceito importante para os estudiosos em relacionamentos: o Princípio da Equidade. Equidade tem um significado um pouco diferente de Igualdade: enquanto nesta as pessoas têm o mesmo ponto de partida (Ex: todas estudam na mesma escola, têm acesso a iguais condições de assistência médica, etc.), na equidade as pessoas têm o mesmo ponto de chegada, atingindo resultados semelhantes e conseguindo os mesmos recursos.

Vamos imaginar o universo de homens e mulheres que estão procurando um relacionamento amoroso como um grande “mercado”, onde todas estas pessoas estão em “oferta”. De acordo com o Princípio da Equidade, todos estes homens e mulheres têm um “valor” no mercado dos relacionamentos, estimado de acordo com suas características, habilidades e caráter. Inconscientemente atribuímos a nós mesmos e às outras pessoas um “valor”, e tendemos a nos sentir atraídos por pessoas com um “valor” equivalente ao que atribuímos a nós mesmos.

E uma das consequências do Princípio da Equidade é que, se quisermos atrair para nossa vida um homem ou uma mulher com características bem definidas (bonito(a), inteligente, gentil, sociável, etc.), é necessário que primeiro desenvolvamos em nós mesmos tais características ou outras que façam o outro lado sentir que “valeu a pena” investir tanto na sua evolução pessoal, pois agora tem uma pessoa igualmente evoluída ao seu lado!

Portanto, deixo uma pergunta para reflexão para os “exigentes”: o que você tem a oferecer a quem satisfizer todos os seus pré-requisitos? E uma outra para aqueles que vivem reclamando dos parceiros e das parceiras: o que você pode melhorar em si primeiro para merecer uma evolução dele(a) na mesma medida?