segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Matéria: Evitar o divórcio é possível

(Link original: http://delas.ig.com.br/comportamento/evitar+o+divorcio+e+possivel/n1237507020283.html)

Evitar o divórcio é possível

Os casamentos duram cada vez mais menos, mas para os especialistas é sempre possível salvar a vida a dois
Vladimir Maluf, especial para o iG Delas 20/11/2009

Segundo dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 2009 a taxa de divórcios no Brasil se mostra cinco vezes maior do que em 1980. A instituição aponta a TV como um dos responsáveis por este crescimento espantoso, citando que os casais em telenovelas, quando passam por uma crise, optam pelo divórcio como solução. Mas será que se divorciar é mais fácil que salvar o casamento?

O autor do livro “Castelo de cartas” (Editora Mundo Cristão) defende a possibilidade de salvar um casamento, mesmo em situações extremas – até mesmo quando incluem violência doméstica. Gary Chapman, que é terapeuta e conselheiro matrimonial, identifica em seu livro as 10 questões que levam os casamentos ao fim: irresponsabilidade; excesso de trabalho; parceiros controladores; falta de comunicação; abuso verbal, físico e sexual; infidelidade; alcoolismo e drogas; depressão.

Promessa de felicidade
O psicanalista Ernesto Duvidovich, do Centro de Estudos Psicanalíticos, que oferece atendimento a preços populares a quem não pode pagar, afirma que são muitos os motivos que levam os relacionamentos ao fim. Mas vê um principal: a promessa de felicidade. “Fazemos um contrato sem saber que um deve ao outro a felicidade. Você tem o encargo de fazer o outro feliz e vice-versa. Isso tende a frustrar as pessoas”.

Além do número de divórcios ter aumentado, Ernesto acredita que eles vão continuar a crescer. “Está ruim e vai piorar, pois o momento que a sociedade vive incentiva cada vez mais a individualidade e a cultura do narcisismo. As pessoas têm dificuldade de fazer renúncias. Negociam muito pouco. ‘Ou é do meu jeito ou é nada’”, exemplifica.

Não espere tudo do outro
A independência da mulher também gerou conflitos, com a capacidade dela viver com mais autonomia, diz Ernesto. E isso mudou o modelo de casamento. “Para conseguir manter um casamento é preciso respeitar o outro. Admitir a autonomia. É preciso que cada um tenha seus próprios projetos, aceitar diferenças, fazer renúncias e negociar. E, fundamentalmente, não esperar tudo do outro”, diz ele.

A psicanalista Elizandra Souza diz que, com a mudança do pensamento e do comportamento feminino, o homem se sentiu perdido, pois não estava acostumado e nem esperava tanta mudança. E ela concorda que a forma de se relacionar está individualizada. “As pessoas se preocupam muito mais com si mesmas e com suas realizações do que com a construção de uma relação amorosa e familiar”.

Para ela, muitas vezes, os relacionamentos são constituídos para satisfazer uma necessidade individual, não com o intuito de construir algo. “Depois de esgotada a necessidade, o relacionamento acaba”, completa.

Mas dá para evitar o divórcio repensando seu comportamento. “Quando os dois realmente querem ter uma relação madura, precisam ter consciência de que terão que abrir mão de algumas necessidades individuais em favor do casal”, diz ela.

Mas não pense que não haverá problemas. Os conflitos sempre vão rodear os casamentos, lembra Ernesto. “A falta de dinheiro atrapalha, pois gera outros problemas. A chegada dos filhos, pois a mulher desvia o olhar do marido... É assim que funciona”. Mas se a relação chegar ao fim, é momento de refletir, aconselha Elizandra.

“Comumente, apontamos os erros dos ex-companheiros na tentativa de nos desculparmos dos nossos. As responsabilidades são de ambos. Ao reconhecer os erros, temos a oportunidade de analisar nossos limites, nossas vontades, nossos medos, nossos impulsos. E daí partir para outro relacionamento com mais clareza”, encerra a psicanalista.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Assumir postura passiva na hora da conquista pode tornar as pessoas mais rigorosas com possível parceiro

(Artigo publicado em 05/11/2009 no site da revista Mente e Cérebro. Link original: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/homens_sao_exigentes_na_escolha_amorosa.html)

Homens exigentes na escolha amorosa
Assumir postura passiva na hora da conquista pode tornar as pessoas mais rigorosas com possível parceiro

Em numerosos estudos sobre encontros “às escuras” – marcados pela internet ou intermediados por agências de namoros ­– as mulheres em geral se mostraram mais seletivas do que os homens ao considerar as características de alguém para um segundo encontro. Elas precisam devem ser exigentes porque, de acordo com a tão repetida teoria evolucionária, investem mais em um parceiro que tenha predicados suficientes para ajudá-las a manter a prole. Mas quando os pesquisadores fizeram um estudo curioso. Convidaram pessoas de ambos os sexos, interessados em encontrar companheiros para um encontro. Eles permaneciam em mesas alinhadas e as moças sentavam-se a sua frente para uma conversa rápida. Após alguns poucos minutos de conversa, sob o comando de um dos coordenadores do experimento, elas se levantavam e passavam à mesa seguinte, onde conheciam outro possível pretendente. Em geral, nesse tipo de encontro, comum nos Estados Unidos, há uma inversão: são as mulheres que permanecem paradas, enquanto os homens a mudam de lugar. Os pesquisadores notaram que, quando são eles que ficam sentados (numa posição mais passiva e precisam lidar com a aproximação feminina, como se fossem elas que tomassem a iniciativa) eles se tornam mais seletivos. Segundo os pesquisadores, é possível dizer que ao serem “assediados”, representantes dos dois sexos se mostram igualmente exigentes, o que sugere que normas sociais e pistas físicas podem ter um papel subestimado na escolha dos parceiros. Talvez esse seja um dos fatores que contribuem para que para muitos homens tenham tantas dificuldades para aceitar a tomada de iniciativa por parte das mulheres na hora da conquista: ser “escolhido” oferece mais opções de dizer “não”.

domingo, 1 de novembro de 2009

Novos parceiros

Um objetivo há algum tempo perseguido finalmente foi alcançado: agora o Curso acontecerá em um único dia, aos sábados. Essa conquista foi possível graças a novas parcerias em Mogi das Cruzes e São Paulo.

Em Mogi, agora o Curso será ministrado na EDL Assessoria, que conta com excelentes instalações e está localizado bem próximo à Estação Mogi das Cruzes da CPTM, o que vai facilitar bastante para quem vem de outras cidades.

E em São Paulo o Curso acontecerá na Nasce & Tece Reengenharia Educacional, também um excelente espaço e com localização nobre: a poucos metros da Estação Trianon-Masp do Metrô.

Acompanhe o Blog para se informar das datas dos próximos Cursos. E que estas novas parcerias rendam muitos bons frutos para todos nós!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O que é autoestima?

Se separarmos a palavra autoestima nas duas palavras que a formam, encontraremos auto, que quer dizer “si mesmo”, e estima, que quer dizer “valor, avaliação, apreciação, apreço e afeição”. Portanto, podemos concluir que autoestima significa o valor, a avaliação, o apreço e a afeição por si mesmo.

Ao contrário do que muita gente pensa, ter uma elevada autoestima não tem nada a ver com se achar “o máximo”, perfeito e sem nenhum defeito. Quem tem uma elevada autoestima sabe que tem defeitos e qualidades, como todos os outros seres humanos. E para termos consciência de nossas qualidades e defeitos, precisamos primeiro nos conhecer. E como é que nós conhecemos a nós mesmos? Através da observação.

Vamos imaginar uma pessoa que se ache “inútil”, que “não faz nada direito”. Podemos propor a ela que se observe por alguns dias, para ver se isso é verdade mesmo. Então talvez ela perceba algumas coisas: se essa pessoa for, por exemplo, a mãe de uma criança pequena, ela pode “descobrir” que leva seu filho em todas as suas atividades (escola, cursos, passeios...), sem faltas ou atrasos. Pode “descobrir” também que, apesar da correria do dia-a-dia, consegue administrar muito bem sua casa e seu dinheiro, e que está sempre atenta às necessidades de sua família. Então ela também “descobrirá” que esta história de se achar “inútil” não passava de uma ideia sem nenhum fundamento lógico sobre si mesma...

Existem muitas pessoas ao nosso redor, talvez você mesmo(a) que esteja lendo este texto, que têm ideias falsas sobre si (“Não sou inteligente”, “Não sou capaz”, “Sou feio(a)”, “Ninguém gosta de mim”, etc.). Porém, se estas pessoas se derem a oportunidade de se observarem e se conhecerem, é bem provável que constatem que estas ideias eram apenas ideias sobre si, e não fatos. A chave da conquista de uma elevada autoestima está, portanto, na nossa capacidade de distinguir o que são ideias e o que são fatos a nosso respeito.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O maior erro da comunicação

"Ninguém me entende”; “por que Fulano não me ouve?”; “parece que eu falo para as paredes!”... Quantas vezes ouvimos certas pessoas, em especial casais de longa data, fazerem estas reclamações sobre o cônjuge ou aqueles que as cercam? Elas nos fazem até concluir que são injustiçadas, exploradas, ignoradas pelos outros, sempre tão egoístas e insensíveis...

O que muitas dessas pessoas não sabem é que existe uma espécie de “regrinha básica” que é a base para uma comunicação eficaz entre duas pessoas. É uma regra simples, mas espantosamente ignorada: procure sempre se colocar no lugar da pessoa com quem você fala e assim você poderá obter mais dela.

Ninguém irá fazer o que você deseja, passar a pensar do seu jeito, comprar o seu produto ou serviço apenas porque você quer: para conseguir convencer alguém a qualquer uma dessas coisas, é indispensável que você mostre a essa pessoa o que ela vai ganhar com isso. Por exemplo: há pais que “imploram” para os filhos não fazerem bagunça com os brinquedos porque “eu não gosto de bagunça”. Ora, e daí que você não gosta de bagunça? E se seu filho gostar, como fica? Uma alternativa que pode dar melhores resultados é você lhe dizer que quando ele guarda os brinquedos ele não corre o risco de tropeçar neles e acabar quebrando-os – ou seja, mostrar a ele que ele vai ganhar alguma coisa com isso; os brinquedos dele não vão quebrar por esse motivo e assim eles podem durar mais.

Portanto, da próxima vez em que você estiver tentando convencer alguém a fazer algo que você acha ser o mais adequado, coloque-se por um momento no lugar dessa pessoa e pense: “Por que seria bom para ela fazer/pensar/comprar isso?”. Então, comece a falar com essa pessoa tendo ela como o foco da conversa, e não você. A grande maioria das pessoas, observe, se coloca como o centro das conversas que têm com os outros – “Ah, porque eu isso...”; “Eu acho errado você fazer isso porque...”; “Faça isso por mim”; “Você não pensa no meu lado?”, etc. – e, portanto, quem faz o inverso e se ocupa mais em ouvir e entender o seu interlocutor costuma conseguir muito mais resultados dele.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Qual é o seu estilo de amor?

Muito cedo em nossa vida amorosa nos damos conta de que as pessoas não amam do mesmo jeito. Há aqueles que manifestam seus sentimentos de maneira exuberante e explosiva; outros são mais ponderados e só começam um relacionamento depois de conhecer razoavelmente a pessoa; outros dão muito valor à atração física e ao interesse sexual e assim por diante.

Muitos pesquisadores debruçaram-se sobre o tema e na década de 1970 um deles, o antropólogo canadense John Alan Lee, elaborou uma teoria que foi amplamente divulgada e desenvolvida posteriormente por outros estudiosos do assunto. Lee fez uma analogia com os mecanismos da visão de cores no ser humano: nossos olhos possuem receptores para apenas três cores – amarelo, vermelho e azul –, porém somos capazes de perceber 8 milhões de variações de cores, graças às combinações entre as diferentes intensidades das estimulações dos três receptores presentes em nossos olhos. Da mesma forma, Lee postula que temos três estilos primários de amor - Eros, Ludos e Estorge –, e as combinações destes três estilos em diferentes intensidades gera uma grande variedade de estilos de amor. Além dos três estilos primários, há mais três estilos secundários que têm sido amplamente estudados: Mania (combinação de Eros e Ludos), Pragma (combinação de Ludos e Estorge) e Ágape (combinação de Eros e Estorge).

A seguir coloco uma breve descrição de cada um destes estilos de amor. Leia-os atentamente e veja com qual ou quais deles você mais se identifica:

Eros – dá grande importância à atração física e ao interesse sexual, e costuma apaixonar-se “à primeira vista”. É o estilo de amor mais frequente nos livros e novelas. É seguro e não muito possessivo.

Estorge – este estilo de amor costuma nascer de uma amizade e demora algum tempo para se desenvolver. Baseia-se em interesses compartilhados e nas semelhanças entre as partes envolvidas. A esfera sexual não é tão enfatizada quanto em Eros e não há a presença de uma grande paixão. O típico amor estórgico é aquele onde os dois parceiros eram amigos antes de se envolverem amorosamente.

Ludos – aqui o amor é encarado como um jogo que pode acontecer simultaneamente com diferentes parceiros, havendo ênfase na idéia de sedução e liberdade sexual. Os relacionamentos do estilo Ludos costumam ser intensos, porém de curta duração.

Mania – amor experimentado de maneira obsessiva, muito intensa, com muito ciúme e possessividade. A pessoa que tem este estilo predominante de amar experimenta uma montanha-russa de emoções oscilantes: uma hora o parceiro é tudo para ela e expressa todo este amor; em outra dirige toda a sua frustração e raiva para ela, em geral porque julgou não ter recebido a atenção que esperava do parceiro.

Pragma – amor realista e pragmático, onde há um exame muito criterioso das características dos parceiros em potencial. No estilo Pragma o atendimento das expectativas amorosas é muito importante porque dá mais segurança e uma maior certeza de sucesso no relacionamento. Estudos mostram que este estilo é mais frequente entre as mulheres.

Ágape – estilo de amor caracterizado pela ausência de egoísmo. O foco maior é na felicidade e no atendimento das necessidades do parceiro, sendo que se necessário a pessoa abre mão de seus próprios objetivos. Quem tem este estilo de amor predominante precisa tomar cuidado para não se anular no relacionamento.

Normalmente uma pessoa se identifica com dois ou mais destes estilos de amor, sendo pouco comum a ocorrência “pura” de apenas um estilo. A utilidade desta teoria de Lee está na oportunidade proporcionada por ela de refletirmos sobre o que realmente é mais importante para nós em um relacionamento. É a atração física? O companheirismo? Uma certa dose de “friozinho na barriga”? A segurança? O sentimento de ser importante para alguém?

Os estilos de amor também nos ajudam a entender melhor as diferentes formas de amar das pessoas que nos cercam e a estarmos atentos a estas características na hora de escolhermos alguém para nos relacionar. Alguns estilos combinam bem entre si, como o Estorge e o Pragma, mas outras combinações podem ser desastrosas, como Ludos e Mania. Observar atentamente o nosso estilo de amor e o dos outros, portanto, pode nos garantir relacionamentos amorosos mais gratificantes.

(Bibliografia consultada: AMÉLIO, A. (2001). O Mapa do Amor: tudo o que você queria saber sobre o amor e ninguém sabia responder. São Paulo: Editora Gente)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O Princípio da Equidade ou Ninguém Gosta de Sair Perdendo

Muitos de nós conhecemos alguém que é cheio(a) de exigências para com as pessoas e bem pouco tolerante com os defeitos delas: “Fulano tem que ter tal e tal característica, tem que ser assim, assim e assado, se não for assim eu não quero nem saber”, etc. Muitas destas pessoas às vezes têm uma característica marcante: pensam que é o outro ou a outra que lhe vão proporcionar a tão esperada felicidade; quando isso não acontece, o culpado invariavelmente é este outro que fica com a “obrigação” de superar seus defeitos para enfim poder fazer esta pessoa feliz.

E a pessoa em questão? Bem, para ela mesma não costuma ser necessário que mude nada em si, pois tem razão em tudo – é o outro ou a outra que tem que acompanhá-la. Não é preciso ser um especialista em relacionamentos amorosos para saber que um dos destinos mais frequentes para estes “donos da verdade” é a solidão.

Para tais pessoas, apresento-lhes um conceito importante para os estudiosos em relacionamentos: o Princípio da Equidade. Equidade tem um significado um pouco diferente de Igualdade: enquanto nesta as pessoas têm o mesmo ponto de partida (Ex: todas estudam na mesma escola, têm acesso a iguais condições de assistência médica, etc.), na equidade as pessoas têm o mesmo ponto de chegada, atingindo resultados semelhantes e conseguindo os mesmos recursos.

Vamos imaginar o universo de homens e mulheres que estão procurando um relacionamento amoroso como um grande “mercado”, onde todas estas pessoas estão em “oferta”. De acordo com o Princípio da Equidade, todos estes homens e mulheres têm um “valor” no mercado dos relacionamentos, estimado de acordo com suas características, habilidades e caráter. Inconscientemente atribuímos a nós mesmos e às outras pessoas um “valor”, e tendemos a nos sentir atraídos por pessoas com um “valor” equivalente ao que atribuímos a nós mesmos.

E uma das consequências do Princípio da Equidade é que, se quisermos atrair para nossa vida um homem ou uma mulher com características bem definidas (bonito(a), inteligente, gentil, sociável, etc.), é necessário que primeiro desenvolvamos em nós mesmos tais características ou outras que façam o outro lado sentir que “valeu a pena” investir tanto na sua evolução pessoal, pois agora tem uma pessoa igualmente evoluída ao seu lado!

Portanto, deixo uma pergunta para reflexão para os “exigentes”: o que você tem a oferecer a quem satisfizer todos os seus pré-requisitos? E uma outra para aqueles que vivem reclamando dos parceiros e das parceiras: o que você pode melhorar em si primeiro para merecer uma evolução dele(a) na mesma medida?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Notícia: Divórcio prejudica saúde por longo tempo, diz estudo

Mais uma evidência da importância de se saber conduzir de forma saudável um relacionamento duradouro. Se desejar, acesse a matéria original aqui.

28/07 - 05:54 - BBC Brasil

O divórcio tem efeitos nocivos e duradouros na saúde dos envolvidos que mesmo um novo casamento não consegue reparar, afirma um estudo americano.

A pesquisa da Universidade de Chicago foi feita com dados de 8.652 pessoas com idades entre 51 e 61 anos. O estudo apontou que entre os divorciados a incidência de doenças crônicas como câncer era 20% maior do que entre pessoas que nunca se casaram.

O índice cai para 12% entre aqueles que casaram novamente, afirma o estudo publicado na revista científica
Journal of Health and Social Behavior.

Os pesquisadores afirmam que as pessoas começam a vida adulta com uma "quantia de saúde" que se mantém ou diminui de acordo com a experiência matrimonial de cada um.

A pesquisa sugere que as pessoas que são casadas continuamente podem ter o mesmo índice de doenças crônicas do que as pessoas que nunca casaram.

Apesar de as pessoas que casam novamente depois de um divórcio ou de se tornarem viúvas tendem a ser mais felizes do que antes, isso não diminuiria a suscetibilidade delas a doenças crônicas.

A socióloga da Universidade de Chicago Linda Waite, que conduziu o estudo, disse que o divórcio ou a viuvez afetam a saúde porque a renda cai e há mais estresse devido às discussões sobre custódia dos filhos.

Estresse

A pesquisadora sugere que casamentos trazem benefícios imediatos de saúde, por estimular comportamentos saudáveis em homens e bem-estar financeiro para mulheres, mas que casamentos após divórcios não têm necessariamente os mesmos efeitos.

"Algumas situações de saúde, como depressão, parecem responder rapidamente e fortemente a mudanças nas condições atuais", diz Waite.

"Por outro lado, condições como diabetes e doenças cardíacas desenvolvem-se lentamente durante um período substancial e revelam o impacto de experiências passadas, que é o motivo pelo qual a saúde é afetada pelo divórcio ou viuvez, mesmo quando a pessoa casa novamente."

Outros pesquisadores que não participaram do estudo comentaram os resultados.

A pesquisadora Anastásia de Waal, do Instituto Civitas, disse: "Esta pesquisa sublinha o fato de que enquanto o divórcio se tornou muito mais comum, ele pode ter um tremendo impacto não só emocional e financeiro, mas também na saúde da pessoa".

Christine Northan, do Instituto Relate, disse: "Eu não estou surpreso com os resultados. É outro motivo para se trabalhar bastante para fazer com que os casamentos funcionem, a não ser que as relações sejam bastante destrutivas".

terça-feira, 21 de julho de 2009

Entrevista com Leila Navarro na Rádio Mundial dia 24/07

Há alguns dias fui aos estúdios da Rádio Mundial (FM 95,7 / AM 660) participar da gravação do programa "Talento Para Ser Feliz", conduzido pela palestrante motivacional Leila Navarro. Foi uma conversa muito agradável e produtiva, na qual Leila me fez várias perguntas interessantes sobre amor e relacionamentos. Este programa irá ao ar na próxima sexta, dia 24, às 19h. Não perca!

Aqui há um comentário sobre esta edição do programa, com direito até a foto. ;-)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Notícia: Estudo identifica razões para longevidade de casamentos

Leiam esta pesquisa: é muito interessante e fala sobre um dos conceitos vistos no Curso, que é o Princípio da Equidade (prometo escrever em breve um texto sobre o assunto).

Link original: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u595378.shtml

Estudo identifica razões para longevidade de casamentos
15/07/2009 - 14h24 da Folha Online

Viver feliz para sempre não acontece apenas em contos de fadas. Pesquisadores australianos identificaram o que faz com que um casal fique junto --e é mais do que, essencialmente, amor.

A idade de um casal, relacionamentos prévios e comparações como se é fumante ou não são fatores que influenciam o final de um casamento, de acordo com um estudo feito pela Universidade Australiana Nacional.

O estudo investigou por volta de 2.500 casais --casados ou vivendo juntos-- de 2001 a 2007, a fim de identificar fatores associados com o que os faz ficarem juntos, comparados com o que leva ao divórcio ou separação.

Maridos que são nove anos mais velhos que as respectivas mulheres são duas vezes mais propícios ao divórcio, assim como aqueles que casaram antes de o casal completar 25 anos.

Crianças também influenciam na longevidade de um casamento ou relacionamento: um entre cinco casais (ou 20%) que tiveram crianças antes do casamento --seja de um relacionamento prévio ou do mesmo relacionamento-- se separam, comparados com apenas 9% dos casais sem crianças nascidas antes do casamento.

Mulheres que desejam crianças muito mais do que seus parceiros também estão mais propensas a situações de divórcio.

Parceiros que estão no segundo ou terceiro casamento têm 90% a mais de chances quanto à separação do que parceiros que estão em um primeiro casamento.

Não surpreendentemente, dinheiro também conta: 16% dos pesquisados que indicaram serem pobres --ou onde o marido (e não a mulher) estava desempregado-- disseram que se separaram, comparado com apenas 9% dos casais em boa situação financeira.

Casais nos quais um parceiro fumava e o outro não também eram mais propensos a dissolverem seus relacionamentos.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Agora o Curso está no Twitter

Acabei de me inscrever no Twitter para ter mais um canal de interação com ex-alunos e interessados no Curso. O endereço é http://twitter.com/relamorosos.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Entrevista sobre relacionamentos com Ailton Amélio

O psicólogo Ailton Amélio da Silva, um dos mais conceituados pesquisadores brasileiros sobre amor e relacionamentos, concedeu uma entrevista ao site Delas sobre o que favorece uma relação saudável e duradoura. Vale a pena ler!

Link original: http://delas.ig.com.br/sexoeamor/o+psicologo+do+amor+explica+como+ter+uma+relacao+saudavel+e+duradoura/n1237500776095.html
O "psicólogo do amor" explica como ter uma relação saudável e duradoura

Entrevistamos o expert em relacionamentos Ailton Amélio da Silva, que conta o que é importante para fazer uma relação dar certo
Renata Branco 15/07/2009 15:26

Dicas para um relacionamento saudável: conversar é essencial
Viver a dois não é nada fácil e, para desvendar essa complexa tarefa, o mineiro Ailton Amélio da Silva, pesquisador acadêmico sobre o assunto, acaba de lançar o livro “Relacionamento Amoroso: Como Encontrar Sua Metade Ideal e Cuidar Dela” (Publifolha). Em dez capítulos, o autor procura mostrar os fatores que contribuem para o sucesso de um relacionamento e as condições psicológicas que levam ao fim de uma relação.

Ailton revela ainda como a conversa pode contribuir para se ter uma relação amorosa mais duradoura e proveitosa, e explica como ter uma vida afetiva saudável. Para nortear a internauta, o iG conversou com o psicólogo do amor.

Existe mesmo uma metade ideal? Ela é imutável?
Ailton Amélio da Silva - Puro mito. Quem lhe interessa aos 18 anos provavelmente não interessaria aos 30. Vamos evoluindo psicologicamente, mudando nossos interesses, estamos sempre em processo de mudança. Amamos e nos apaixonamos diversas vezes. A metade ideal está relacionada à mitologia grega e por isso há essa crença tão grande. Há diversos tipos e modos de amar, não existe amor ideal ou perfeito. Amor é coisa viva, como aquele ditado do monociclo: se você parar de andar, cai.

Que cuidado deve-se ter para não se enganar na hora de escolher o parceiro?
Ailton Amélio da Silva - É necessário haver similaridade entre os parceiros para se relacionar, mas quando em excesso pode virar amizade. Então, tome cuidado para não namorar seu amigo. Uma certa diferença é sempre bem-vinda, por exemplo: tem que admirar o outro porque aí significa que ele tem qualidades ou atributos que não tenho e por isso elas são admiráveis. Mas também não há possibilidade de se amar e de se relacionar com pessoas muito diferentes. É necessário ter o mesmo grau de escolaridade, mesmo estilo de vida, os planos em comum. Não dá pra uma pessoa gastadeira dividir a vida com uma super econômica. Ou uma pessoa super sociável e que goste de sair ficar com alguém caseiro...

Como as constantes transformações pessoais podem atrapalhar ou melhorar uma relação?
Ailton Amélio da Silva - Um relacionamento deve ser saudável e atraente para que seja transformador. Vamos mudando, evoluindo psicologicamente. É preciso cultivar o prazer em estar com o outro de diferentes formas e em diversos momentos. Ter sempre admiração pela pessoa, objetivos, planos e meios de vida em comum.

Como manter a convivência sem cair no tédio?
Ailton Amélio da Silva - Tem que ter atração e desejo, mas isso é só o primeiro passo. O mais importante é não querer mudar o outro. É necessário convivência. E não existe amor ou namoro aos finais de semana ou só em situações agradáveis. É necessário convivência em situações diferentes, em diferentes meios. Você precisa conhecer a família dele, o meio onde há vivência, os hábitos, etc. Não dá para namorar de fim de semana e se encontrar só em situações agradáveis... É claro que ninguém se conhece 100% e nem vai conhecer, mas é necessário tentar saber o máximo possível sobre seu parceiro. Em testes feitos com casais que estão juntos, às vezes até há mais de 15 anos, é comprovado que eles se conhecem só 50%.

E o sexo, até que ponto é fundamental?
Ailton Amélio da Silva - O sexo é essencial e pressuposto para que uma relação se mantenha, mas geralmente é muito mal aproveitado. O ato sexual é uma expressão de liberdade, confiança e as pessoas não sabem como usá-lo. É preciso sempre variar, inovar, e aproveitar o que o sexo tem de melhor! Não é necessário fazer todas as posições do kama sutra, usar fantasias ou chamar outra pessoa para variar. O casal tem que se seduzir e se aproveitar.

Com modernidades como o swing, por exemplo, uma relação pode sobreviver?
Ailton Amélio da Silva - Quando a moldura afetiva vai bem, tudo é permitido. Só não pode haver inversão de valores e achar que para a relação melhorar é necessário que haja sexo com outras pessoas e de maneiras diferentes. Se o casal está bem, se respeita, conversa sobre tudo, tem confiança um no outro, é possível sim chamar outras pessoas para transar, ir a casas de swing... Mas isso é para poucos, a relação tem de estar muito bem clara. Não são todas as pessoas que aguentam essas atitudes, por ciúme e outras questões.

Como as solteiras podem encontrar um novo amor?
Ailton Amélio da Silva - Não há fórmula. É necessário conhecer muitas pessoas, sair, conviver com diferentes tipos de gente, ter coragem e não ser tão carente. Quem é carente acaba engolindo qualquer coisa para suprir a carência. Não ser tão ciumenta também, porque o ciúme não pode ser o principal, não pode mover a relação. Também é necessário se relacionar com pessoas com defeitos que não te afetem ou que não sejam muito irritantes para você. Lembre-se, você não vai mudar a pessoa!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Mudanças...

Quem acompanha este blog percebeu que algumas coisas mudaram, como o layout do site e o nome do Curso. Estas mudanças são fruto de uma parceria com o banco de palestrantes Movimento Bureau e a Publicittà Publicidade e Propaganda.

Estamos trabalhando e torcendo para que esta parceria renda excelentes resultados para todos!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Sexy é se importar com o outro

Na edição deste mês da Seleções do Reader’s Digest há uma matéria muito interessante, intitulada “11 dicas para apimentar a sua vida amorosa”. Além das dicas de praxe que não costumam faltar em matérias desse tipo, consta uma que é incomum e que no entanto nunca deveria ser negligenciada: “o trabalho doméstico deixa os homens mais sexies. Segundo o psicólogo americano Joshua Coleman, “As mulheres nos disseram [nos estudos realizados] que se sentem mais atraídas pelos parceiros quando eles ajudam em casa”.

Seria este algum estranho fetiche das mulheres: ver o seu amor todo suado, varrendo de forma viril a casa, combatendo com a braveza de um soldado todo e qualquer grão de poeira que se atreva a cruzar o seu caminho?... Creio que este não seja o “X” da questão. Todo homem e toda mulher deveriam saber que uma linda e inesquecível noite de amor começa a ser delineada já na hora do café da manhã – e que o momento de lavar e guardar a louça utilizada é crucial! ;-)

Vou explicar melhor. Não amamos e queremos nos entregar inteiramente a alguém antes que este alguém nos demonstre através de palavras e atitudes o quanto somos únicos e especiais aos olhos dele(a). E como é possível demonstrar isso? Através de atos que mostrem o quanto nos importamos com a pessoa amada.

Quando um homem tem o hábito de dividir as tarefas domésticas com a mulher que ele ama, pode ser que sem ele perceber esteja lhe passando as seguintes mensagens: “Vou lhe ajudar para você não precisar fazer tudo sozinha”; “Não quero que você se canse tanto”; “Quero que esta tarefa termine logo para podermos ficar mais tempo juntos”; “Eu valorizo tudo isso que você está fazendo” e, finalmente, “Eu me importo com o seu bem-estar e quero ver você bem”. E isso deixa sua amada bem mais receptiva a ele.

Agora vamos imaginar o contrário: um homem se esquivando de ajudar sua companheira durante todo o dia, inteiramente ocupado com seus interesses pessoais, não tirando sequer um minuto para externalizar a importância desta mulher em sua vida... O que é mais provável que aconteça? Não seria nem um pouco surpreendente se paulatinamente esta mulher fosse perdendo o interesse e a atração pelo homem que um dia ela escolheu para dividir sua vida.

Relacionamentos não se sustentam com corpos atléticos, lingeries de perder o fôlego ou práticas sexuais extravagantes, e sim com união e companheirismo – estes sim os verdadeiros "afrodisíacos" em uma relação. Que esta singela porém heurística dica da Seleções sempre seja lembrada por nós em nossos relacionamentos, todos os dias.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Notícia: Casal britânico completa 81 anos de casamento

(Matéria publicada hoje em http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/05/26/casal+britanico+completa+81+anos+de+casamento+6344939.html)

Um casal britânico, de Plymouth, Devon, completou 81 anos de casamento no que pode ser a união mais longa da Grã-Bretanha. Frank e Anita Milford, que moram juntos em uma casa de repouso em Plymouth, Devon, se casaram no dia 26 de maio de 1928.

Frank tem 101 anos e Anita deve completar 101 em junho. Em fevereiro eles poderão quebrar o recorde de casal britânico com a mais longa união.

O casal afirma que ainda tem pequenas discussões, mas sempre se beijam e abraçam antes de dormir.

O par se encontrou em um clube de dança da YMCA (Associação Cristã de Moços) em Plymouth em 1926 e se casaram dois anos depois. O casal afirma que não há "segredo mágico" para manter um casamento por tanto tempo.

Segunda Guerra

Frank Milford trabalhou nas docas de Devonport até sua aposentadoria, aos 60 anos.

O casal permaneceu em Plymouth durante a Segunda Guerra Mundial e os ataques alemães contra a Grã-Bretanha, escapando por pouco das bombas em duas vezes. Em uma das vezes uma bomba acertou a casa onde eles moravam.

Eles têm dois filhos, cinco netos e sete bisnetos.

O filho de 74 anos, que também se chama Frank, afirmou que o principal segredo da felicidade dos pais é que, simplesmente, os dois são felizes juntos.

"Eles se divertiram, aproveitaram muito a vida e sempre foram satisfeitos com o que tinham", afirmou.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Timidez = Perfeccionismo

“Olá, Erika! (...) Tenho 32 anos e até hoje nunca consegui namorar sério. Trabalho com (...) e por isso estou sempre conhecendo homens bonitos e interessantes, mas nunca tenho coragem de mostrar para eles o quanto sou diferente das outras mulheres. Acho que sou muito insegura, fico com medo que eles me achem ridícula e precipitada e que achem que eu tenho algum problema quando souberem que eu nunca tive namorado. Sou uma mulher atraente, que não aparenta a idade que tem, tenho pós-graduação, sou culta e educada, mas mesmo assim tenho dificuldade para encontrar alguém especial, e ao mesmo tempo vejo mulheres sem tantos atributos quanto eu se dando bem! O que eu posso estar fazendo de errado? Você pode me dar algumas dicas?” R., 32 anos.

O e-mail da R. é uma ótima oportunidade para falarmos sobre algo que atrapalha qualquer tentativa de conquistar um relacionamento sério e gratificante: a timidez.

Vamos falar primeiro sobre timidez. Eu gosto de dizer que tudo aquilo que chamamos de “defeito” é, na verdade, uma qualidade que “passou da medida”. Alguns exemplos: a teimosia pode ser considerada uma firmeza de caráter exagerada, ou o egoísmo um excesso de compromisso consigo mesmo. Da mesma forma, a meu ver a timidez é uma consequência do perfeccionismo, que é o excesso de cobrança sobre si próprio e os outros pela perfeição.

Geralmente, as pessoas tímidas têm várias qualidades, mas para elas isso não é o suficiente. Elas acham que deveriam ser as melhores em tudo, que deveriam ver algo pela primeira vez e já saberem do que se trata logo de cara, que ao conhecerem alguém devem mostrar tudo que sabem, que devem ser desenvoltas, agradáveis o tempo todo e ter respostas na ponta da língua. Quanta cobrança sobre si mesmo, não? Com essa forma de perceber as coisas, não é de se espantar que pessoas que pensam assim simplesmente travem quando conhecem alguém que lhes interessa.

O que pode diminuir bastante aquilo que chamamos de timidez é perceber que ninguém é perfeito, que todo mundo erra em algo mais cedo ou mais tarde e que o mundo não vai acabar por causa disso. Geralmente o tímido tem uma visão equivocada de si e das outras pessoas, pensando que estas nunca erram e que, portanto, ele não pode errar também. Começar a perceber os pequenos e grandes erros cometidos pelas pessoas que o tímido mais admira pode ser libertador para elas, pois com isso ele aprende que também tem o direito de não ser “100%” em tudo, fazendo as pazes com a sua humanidade.

Tudo que sei sobre a R. são as coisas que ela me relatou através de seu e-mail, mas este me dá vários elementos para construir algumas hipóteses sobre o que pode estar dificultando seus planos de “namorar sério”. Há um trecho que diz: “Sou uma mulher atraente, que não aparenta a idade que tem, tenho pós-graduação, sou culta e educada, mas mesmo assim tenho dificuldade para encontrar alguém especial, e ao mesmo tempo vejo mulheres sem tantos atributos quanto eu se dando bem!”

R., pelo jeito você pensa que para se conquistar um homem e ter um relacionamento sério com ele é preciso ser uma “supermulher”: com uma beleza “de parar o trânsito”, uma educação primorosa, QI alto e ainda por cima um rostinho de menina. Ou seja, você acha que é preciso ser perfeita para se “merecer” um relacionamento sério! Como você, que pela sua mensagem indica ser uma mulher inteligente, já deve ter percebido que não é perfeita, então pensa estar em desvantagem em relação à sua capacidade de conquistar um homem. Você talvez não valorize as qualidades que tem e, por isso, pensa que os homens também a veem da mesma maneira. E esse é o maior drama do tímido, que gera muita insegurança e ansiedade – justamente duas coisas que atrapalham bastante o jogo da conquista.

Recomendo aos tímidos, portanto, que tentem relaxar. Como qualquer ser humano, vocês têm vários defeitos, mas também inúmeras qualidades – as quais quem tiver olhos para isso conseguirá enxergar. Não tentem ser perfeitos (pois esta é uma luta fadada ao fracasso), pois não é a busca pela perfeição que nos garante sucesso nas diferentes áreas da nossa vida, e sim a capacidade de não se deixar abater pelos erros que inevitavelmente cometeremos ao longo do caminho.

Quando eu estudei música, há muitos anos, tive um professor que me disse algo que tenho levado desde então para a minha vida: “O músico inevitavelmente, ao tocar uma canção ou peça, vai errar alguma nota ou o tempo dela, mas ele não pode paralisar com este erro e interromper a peça: é preciso continuar e não se deixar dominar pela sensação de fracasso. Com o tempo e muita prática, você erra menos na execução, mas sempre escapará alguma coisa. O bom músico é aquele que não se desestabiliza quando erra”.

Pois bem... Desde então tenho observado que estas sábias palavras do meu professor não se aplicam apenas à música, e sim à vida como um todo. Tímidos e tímidas: pensem em tudo isso e de agora em diante procurem encarar a vida com mais leveza, certo? Desejo a todos muita sorte e felicidade!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Alô, alô...

Devido a problemas com minha internet, não estou podendo atualizar o blog com frequência, mas em breve este problema estará resolvido e postarei um texto sobre timidez, inspirado em uma dúvida que recebi pelo e-mail.

E a próxima turma do Curso já tem data de início: 20 de junho (sábado), às 15h. Ainda restam vagas...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Notícia: Solteiras de SP se preparam para passeata dos sem-namorado

(Link: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1125045-5605,00-SOLTEIRAS+DE+SP+SE+PREPARAM+PARA+PASSEATA+DOS+SEMNAMORADO.html )

Evento acontece no domingo (17) em SP e na sexta (15) no Rio.
Participantes têm em comum a vontade de conhecer ‘alguém legal’.


Às vésperas do Dia dos Namorados, a empresária Erica Gracio, de 24 anos, e a publicitária Márcia Talankas, de 28 anos, estão solteiras. Já a estudante Fernanda Portela, de 23 anos, nunca teve um relacionamento de verdade. “Eu nunca namorei sério porque, para namorar, você precisa colocar tanta energia em uma relação que ainda não achei alguém que valha a pena todo esse investimento”, lamenta Fernanda.

Por causa da dificuldade em encontrar um pretendente interessante para engatar uma relação de verdade, as jovens ingressaram no movimento dos sem-namorado. Não que a solteirice seja um problema para elas, afirmam as paulistanas, mas aliar a chance de conhecer alguém legal a uma manifestação descontraída com direito a passeata de solteiros - com hora e local marcados - pareceu-lhes uma ótima idéia.

Por trás do movimento, está um site de relacionamentos que programou duas passeatas. A primeira será nesta sexta-feira (15), no Rio de Janeiro. No domingo (17), é a vez de os paulistanos darem uma chance à sorte e, quem sabe, chegar ao Dia dos Namorados em boa companhia. “A nossa manifestação não tem invasões nem armas, só paz e amor”, brinca Claudio Gandelman, responsável pelo evento.

A ideia, diz ele, é reunir pessoas que talvez nunca se conhecessem por não frequentarem a mesma academia, balada, bar ou faculdade, por exemplo. “Todos vão encontrar pessoas que estão buscando a mesma coisa que eles”, afirma Gandelman.

Assim, Erica, Fernanda e Márcia já têm encontro marcado no domingo, no Parque do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo. “Fico feliz porque não estou sozinha nessa”, brinca Márcia, que pretende levar algumas amigas e, no mínimo, ter uma tarde agradável no parque.

“Não adianta chegar lá com o intuito de dizer que homem não presta. Quem vai para a passeata tem de baixar a guarda, não ser muito gato escaldado e dar uma chance para conhecer pessoas novas. Se não gostar, vira a fala: ‘Não!’ ou ‘Sai fora!’”, sugere a publicitária.

Manual de boas maneiras

Apesar de solteiras, as meninas avisam que não pretendem terminar a passeata já de mãos dadas com algum pretendente. São elas que dão as dicas para os rapazes solteiros: “Não me venham com um: ‘Você vem sempre aqui?’ e nem com aquela conversa de bar ou de balada”, dispara Márcia. “Se a gente vai para a passeata, é para fugir desse perfil cafajeste”, complementa Fernanda.

Os moços também devem aproveitar o evento inusitado para exercitar o bom humor. “Se o cara é engraçado, sem ser pastelão, esse é o primeiro passo para não ser dispensado”, complementa a publicitária.

Para Erica, ser simpático é indispensável. “Ao abordar, precisa demonstrar interesse em conhecer a pessoa. A partir disso, dá para saber se há interesses em comum, como gostar dos mesmos lugares”, dá a dica.

A organização do evento espera reunir mais de mil pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo. No Rio, a concentração será ao meio-dia na Candelária e o evento está previsto para acabar às 14h. Em São Paulo, a turma dos solteiros irá se concentrar na marquise do Parque do Ibirapuera, às 15h, e a passeata pelo parque deve se estender até as 17h.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Novidade: envie sua dúvida!

Agora o blog vai dar a nós mais uma oportunidade de interação: durante a semana algumas dúvidas enviadas pelos leitores serão selecionadas para gerarem um artigo sobre o assunto. Portanto, mande sua dúvida sobre relacionamentos para o e-mail relamorosos@terra.com.br e torça para ela ser selecionada!

Matéria realizada no TV Mogi News

Já está no site do TV Mogi News uma matéria sobre o Curso. Confiram em http://www.tvmoginews.com.br/?id=841.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Por que eu decidi fazer um curso sobre Relacionamentos Amorosos?

Comecei minha carreira profissional atuando na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Mogi das Cruzes, inicialmente atendendo os alunos e posteriormente, seus pais e cuidadores em grupos de orientação e atendimentos individuais. Naquela época já me chamava a atenção a diferença que fazia para o aluno, emocional e cognitivamente, contar ou não com pais e/ou cuidadores que se relacionavam bem entre si ou com seus respectivos cônjuges. Também ouvi nos atendimentos aos pais sobre histórias de relacionamentos frustrados, insatisfatórios e até mesmo destrutivos, que repercutiam de forma notável no desempenho de seus filhos como um todo. Dessa forma me vi obrigada, em muitos destes atendimentos, a orientar estes pais quanto às questões amorosas e de relacionamento.

Em seguida, comecei a realizar atendimentos particulares em consultório e tive outra experiência em instituições, desta vez no Projeto "Canarinhos do Itapety" da Prefeitura de Mogi das Cruzes. Nesses dois trabalhos também me deparei com questões muito parecidas com aquelas que eu tinha acesso na Apae, e pude também aprender muito sobre a relação entre o bem-estar dos pais em todos os aspectos e o bem-estar que estes propocionam a seus filhos. Pais que se diziam infelizes tendiam a tratar os filhos de forma menos atenciosa e afetiva, o que gerava um impacto negativo na formação da personalidade da criança e do adolescente.

Analisando no geral as causas para relacionamentos insatisfatórios e infelizes constatei que boa parte dessas pessoas tinham um autoconhecimento pobre, o que por sua vez atrapalha o desenvolvimento da capacidade de enxergar o outro tal como ele é. Por isso, essas pessoas faziam escolhas amorosas imaturas e/ou equivocadas e depois se arrependiam.

Por tudo isso, a meu ver disponibilizar o conhecimento acumulado pela ciência sobre o nascimento e a manutenção de bons relacionamentos amorosos é também uma questão social. Obviamente não se pode ignorar o peso dos outros fatores envolvidos (e eu destaco a pobreza, outras questões familiares e a vulnerabilidade social como fatores muito importantes), mas quem já trabalhou com famílias sabe muito bem que pais e demais familiares com problemas em seus relacionamentos amorosos tendem a fornecer um modelo desfavorável de relação para as crianças e adolescentes da família, e que se estes não tiverem a chance de avaliar criticamente tal modelo terão uma probabilidade muito grande de reproduzi-lo em seus futuros relacionamentos amorosos, repetindo um ciclo que nós, profissionais da Psicologia, temos condições de ajudá-los a romper.

Portanto, este Curso sobre como construir bons relacionamentos amorosos pretende ser a minha contribuição para o surgimento, a longo prazo (esperamos que não seja tão longo...), de uma sociedade mais afetiva, calorosa e com maior facilidade para lidar com seus problemas e conflitos de uma forma o mais favorável possível para todos.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Homens não sabem "ler" as mulheres, aponta pesquisa

- Matéria publicada em 25/03/2009 em http://minhanoticia.ig.com.br/editoria/Inusitadas/2008/03/25/homens_nao_sabem_ler_as_mulheres_aponta_pesquisa_2074829.html
Homens jovens dificilmente percebem a diferente entre uma mulher que está sendo amigável de uma que está interessada em "algo mais". Esta é a tese defendida por Coreen Farris, pesquisadora da Universidade de Indiana, EUA.

O estudo, a ser publicado na edição de abril da revista científica "Psychological Science", diz que 70% das universitárias entrevistadas relataram situações nas quais homens interpretaram um ato de amizade como um sinal sexual.

Da mesma forma, eles interpretam erroneamente dicas sexuais como sinais meramente amistosos.

Coreen, em entrevista ao site LiveScience, disse que os homens, no geral, não sabem interpretar o rosto feminino e a linguagem corporal, sendo incapazes de traduzir as sutilezas de dicas não-verbais.

Mais informações sobre o estudo no site Tecnocientista (http://tecnocientista.info/ndNews.asp?cod=6491).

domingo, 3 de maio de 2009

Cheque seus esquemas (Ou A "Lei da Atração" existe mesmo?)

Esquema é um conceito da Teoria do Desenvolvimento de Jean Piaget que, resumidamente, significa "tudo aquilo que é generalizável em uma ação". Por exemplo: você pode andar de diversas maneiras (rápido, devagar, descalço, com botas...), mas existe sempre uma série de procedimentos imprescindíveis para este ato: dizemos, então, que há um esquema do andar. Os esquemas podem ser motores (andar, falar, nadar, lavar a louça...) e também mentais (fazer uma conta de cabeça, interpretar dados) - e é sobre estes últimos que falarei neste artigo.

A Terapia Cognitiva (uma das modalidades de atendimento clínico em Psicologia) explorou amplamente esta questão dos esquemas, ajudando-nos a compreender, por exemplo, por que há pessoas que não conseguem alcançar seus objetivos por mais que se esforcem conscientemente para isso. Resumidamente, nossas crenças (esquemas) sobre o mundo, as coisas, as pessoas e os relacionamentos têm um papel importantíssimo na realização de nossas metas, quer estejamos conscientes delas ou não. Vamos ver alguns exemplos fictícios para que este conceito fique bem claro.

Joana veio de uma família pobre, na qual sempre as coisas foram conquistadas com bastante sacrifício - isso quando eram conquistadas. Como a situação financeira da família nunca melhorava e parecia que todo mundo ao seu redor menos ela prosperava, foram forjados na mente de Joana os seguintes esquemas: "Dinheiro não é para mim"; "Eu nunca terei dinheiro suficiente" e "Por mais que eu me esforce, eu nunca ficarei rica".

Otávio é filho de pais divorciados e passou a infância assistindo ao pai ter problemas com suas namoradas porque, segundo ele sempre dizia ao filho, "As mulheres são todas umas interesseiras". Sua mãe até conseguiu casar-se de novo, mas o relacionamento com o segundo marido era repleto de brigas, discussões e ofensas dos dois lados. Isso fez com que Otávio construísse os seguintes esquemas sobre relacionamentos amorosos: "Relacionar-se é sempre difícil e pouco compensador"; "Mulheres são interesseiras: só querem saber do seu dinheiro" e, finalmente, "É melhor eu não me apegar a ninguém para não sofrer mais tarde como vi meu pai e minha mãe sofrerem".

Coloquei estes dois exemplos para mostrar como os esquemas se formam e (dependendo do caso) se solidificam em nossa mente: através da observação dos fatos que ocorrem em nossas vidas e do conhecimento dos esquemas de referência para nós (pai, mãe, professor), vamos criando nossas teorias sobre como funcionam as coisas do mundo. Sobreviver em nossa sociedade é uma tarefa muito complexa, e é por isso que temos a necessidade de construir conceitos sobre tudo que nos cerca e, uma vez formados, armazená-los em nossa memória - já pensou como seria passar por uma certa experiência (ex: andar em uma floresta) e não reter nada dela? Certamente a espécie humana não teria evoluído tanto ao longo de sua história.

Existe uma teoria, muito popularizada pelos livros esotéricos e de autoajuda, chamada "Lei da Atração", que diz que nós "atraímos" tudo que acontece conosco. Assim, se a Joana nunca consegue ter dinheiro suficiente e o Otávio permanece infeliz em seus relacionamentos, de acordo com a Lei da Atração isso acontece porque a forma de pensar deles "atrai" todos estes acontecimentos em suas vidas.

Se a Lei da Atração existe de fato, não é um assunto para a Psicologia e a Ciência em geral. Porém, torna-se simples compreender o que de fato acontece nestes dois exemplos à luz das teorias de Piaget e da Terapia Cognitiva - e a explicação nada tem de sobrenatural.

Voltemos à Joana: se ela tem as crenças citadas acima sobre dinheiro e finanças, pode-se imaginar com quantas chances de ganhar dinheiro ela deve cruzar ao longo de sua vida mas que ela é incapaz de aproveitar porque sua percepção sobre o assunto não lhe permite isso. Talvez ela não se esforce para conseguir um emprego melhor porque "Ah, não vai dar certo mesmo...", ou se surgir em seu caminho um sorteio ou concurso ela nem concorre porque crê firmemente que não ganhará nada e que será uma perda de tempo. Nososs esquemas sobre o mundo influenciam maciçamente nossas atitudes e comportamentos nele, e é a forma com que nos aproximamos das coisas que vai determinar se vamos ter sucesso ou não.

E será que com o Otávio acontece a mesma coisa? Certamente - assim como comigo, com você e com todo mundo! Será que por crer firmemente que as mulheres nunca poderão ser verdadeiramente suas companheiras o Otávio não se sente "estranhamente" atraído por mulheres com o perfil que imagina ser de todas elas, e por outro lado não se interessa por aquelas mais maduras e aptas para um relacionamento mais gratificante? Pois bem, os psicólogos clínicos dizem que isso é o que mais acontece. Os esquemas são as formas que temos para classificar nossas percepções; se eles são predominantemente rígidos, o mundo nos parecerá rígido; se eles são em sua maioria amistosos, o mundo nos parecerá um lugar muito agradável e cheio de pessoas amáveis - e inconscientemente agiremos de acordo com estes esquemas.

E como resolver isso, quando nossos esquemas estão prejudicando certas áreas da nossa vida? É preciso, em primeiro lugar, examiná-los profundamente. Como nosso assunto principal aqui no blog é relacionamento amorosos, responda para você mesmo às seguintes perguntas:

1) O que é o amor para mim?
2) O que penso dos homens / das mulheres?
3) Eu acredito mesmo que posso ter um relacionamento duradouro e gratificante?

A partir destas perguntas básicas e de acordo com as respostas que forem surgindo na sua mente, formule outras perguntas que você julga serem importantes para uma maior compreensão de seus esquemas mais profundos sobre o amor e os relacionamentos. Assim que eles estiverem mais claros para você, faça em seguida algo que é muito importante para a superação dos esquemas que agem contra nós: submeta-os ao teste da realidade. O que é isso? É você conferir no ambiente, através da observação objetiva dos fatos, se esse esquema corresponde à sua realidade. A Joana, por exemplo, ao fazer o teste da realidade, pode constatar que seus pais tiveram dificuldades financeiras quando ela era criança porque eles tinham limitações ambientais e psicológicas que ela não tem no momento. E o Otávio pode descobrir que há várias mulheres leais e dispostas a realmente ser companheiras de seus namorados e maridos.

Depois de lerem este texto, tenho certeza de que muitas pessoas conseguirão colocar em prática sozinhas esta minha proposta, o que vai levá-las a uma nova percepção da realidade nunca antes imaginada. Porém, sei também que o mesmo não acontecerá para outras, e o que recomendo para esse segundo grupo é que procurem ajuda, de preferência profissional, para corrigir seus esquemas inadequados para a realidade em que estão no momento - os resultados certamente compensarão o esforço.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Você costuma fazer investimentos?

"Hã? Será que eu acessei o blog certo? Que história é essa de investir?"

Sim, é disso mesmo que quero falar neste artigo, que como você verá tem absolutamente tudo a ver com este blog.

Vamos começar vendo o que esta palavra significa. De acordo com o Dicionário Larousse, investir quer dizer, entre outros sentidos:
  • Atirar-se com ímpeto, correr precipitadamente; arremeter, atacar;
  • Aplicar títulos ou dinheiro em empreendimentos para obter juros ou lucros;
  • Dedicar tempo, dinheiro ou outro recurso à execução de [algo].
Acho interessante a segunda definição, que fala em aplicar para obter juros ou lucros. Quando você investe em alguém ou alguma coisa, você primeiro algo seu (seu tempo, seu dinheiro, sua dedicação...) para depois receber alguma coisa em recompensa (sentimentos bons de outras pessoas por você, sensações boas como alegria, paz e a sensação de "dever cumprido", conhecimento, bens materiais...). Prestou bem atenção no mecanismo básico do investimento? Primeiro você dá e depois você recebe. Ou seja, não há como receber se você não der primeiro.

Entretanto, o que observamos no cotidiano? Pessoas que querem conseguir coisas sem investir primeiro - e são muitas. Há quem queira tornar-se um profissional bem remunerado em uma determinada área, só que sem estudar com dedicação no vestibular para passar em uma bom curso, sem frequentar as aulas da faculdade, pagando outras pessoas para fazerem os trabalhos que precisam entregar, sem querer fazer estágio e, por fim, depois de formado, sem querer se dedicar ao trabalho de forma suficiente para merecer um bom salário. Assim fica difícil, não? Querer todos querem, mas nem todos estão dispostos a pagar o preço pelos seus desejos - e depois estas pessoas não entendem por que não alcançam seus objetivos!

E o que isso tem a ver com relacionamentos amorosos? Eu, você e a maioria das pessoas conhecemos o tipo que eu chamo de "filhote de passarinho" - ou seja, aquele que tal qual um filhotinho fica só de boca aberta, escancarada, chora se for preciso, esperando a Mamãe Passarinho trazer as minhocas para a sua boquinha (previamente mastigadas, de preferência!). Isso me faz lembrar um ditado sueco que diz: "Deus deu a cada pássaro a sua minhoca, mas não as coloca para dentro do seu ninho". Os "filhotes de passarinho" têm uma enorme dificuldade para entender que se eles desejam encontrar uma pessoa especial, de bom caráter, em boa situação social e com todas as qualidades boas que alguém pode ter elas vão ter que correr atrás dela, não tem outro jeito - ela simplesmente não irá bater na porta da sua casa e se apresentar dizendo: "Olá, eu amo você perdidamente e quero ficar com você por toda a minha vida", sem você ter feito nada para merecer isso. Ou seja, o significado da palavra investimento parece ser desconhecido para estas pessoas.

E como que se pode investir no campo dos relacionamentos? Em primeiríssimo lugar, vale a máxima "Para você conseguir uma pessoa decente, primeiro você precisa tornar-se uma pessoa decente". Isso quer dizer que as qualidades que você deseja que sua cara-metade tenha devem estar presentes em você também, ou pelo menos você precisa estar em um processo de busca por elas. Se você quer um(a) namorado(a) amoroso(a), seja amoroso(a) você primeiro; se você quer alguém esforçado(a), primeiro procure desenvolver isso em você; se você quer alguém maduro(a), não pense que pessoas assim apreciam ter como companheiros pessoas que veem o mundo de forma infantil, inadequada, carente e dependente - esta pessoa investiu na maturidade dela e nada mais justo que ela exija alguém como ela ao seu lado.

Há várias formas de investir no crescimento pessoal: vivendo a vida plenamente, assimilando cada lição que ela tem para nos oferecer; ler bons livros e textos sobre evolução pessoal; ouvir a experiência de pessoas mais velhas que você e aprender com seus acertos e erros e, se depois de tudo isso ainda estiver difícil, buscando ajuda profissional em psicoterapias, workshops, palestras e cursos.

O curso "Construindo Bons Relacionamentos Amorosos" também pode ser considerado um investimento para você alcançar o seu objetivo de viver uma relação especial: você terá a oportunidade de conhecer pessoas novas, com o mesmo compromisso que você tem de investir na sua evolução pessoal e acesso a informações geralmente desconhecidas do público em geral sobre padrões de atração, sinais de flerte, técnicas de conquista e recomendações de especialistas de como manter o relacionamento conquistado. Com você fazendo a sua parte, participar deste curso pode lhe render benefícios que farão valer a pena o tempo e o dinheiro investidos. Afinal, lembre-se sempre desta conclusão: não há ganhos sem investimento, e quando não se dá nada também não se ganha nada - pois todas as coisas realmente significativas desta vida exigem um certo esforço de nossa parte para serem alcançadas.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Onde estão as pessoas interessantes?

Quando se está procurando por alguém para ter um relacionamento estável, é muito importante levar em consideração os lugares onde esta busca será feita. A regra básica é: apenas procure pessoas interessantes para você onde elas efetivamente podem ser encontradas.

Parece óbvio, não? Mas o fato é que muita gente simplesmente ignora esta recomendação e depois se queixa de que "ninguém está querendo nada sério". Em apenas três dias de divulgação do meu Curso já deu para perceber que uma das reclamações majoritárias das mulheres, de que "a maioria dos homens não quer nada sério", não corresponde exatamente à realidade. Em todos os lugares onde tenho divulgado o Curso tenho me surpreendido com a boa receptividade dos homens em geral com o tema, e acreditem, com as queixas deles de que "as mulheres não querem nada sério".

Bem, então temos um fato interessante e animador: de um lado há mulheres querendo relacionamento sério... E do outro há homens querendo a mesma coisa! Como superar este abismo?

Uma das providências, como eu citei acima, é procurar por alguém especial em lugares onde é maior a probabilidade desta pessoa estar. Ou seja, não conte tanto com barzinhos, casas noturnas ou shows. É bem verdade que há uma quantidade considerável de pessoas querendo relacionamentos sérios circulando pelas baladas, mas neste contexto diferenciar um caso do outro torna-se um pouco mais difícil para quem não tem tanta prática no assunto. Tais locais não propiciam um contato muito profundo e um conhecimento mínimo do modo de ser da pessoa, tão necessários para estabelecermos um relacionamento com alguém.

Algumas alternativas mais viáveis, que atendem melhor a estas necessidades, incluem: grupos de estudos ou de trabalho, programas sociais ou culturais que permitam um mínimo de diálogo entre as pessoas envolvidas, encontros de amigos e "amigos dos amigos", enfim, qualquer contexto onde seja possível que uma pessoa conheça melhor o modo de ser e de pensar da outra - que no fim das contas é o que vai determinar a duração do relacionamento, mais do que a atração física.

E será que um curso sobre relacionamentos também pode ser um local propício para encontrar pessoas especiais? Com certeza!

Imagine que as aulas do Curso "Construindo Bons Relacionamentos Amorosos" são em grupos de aproximadamente dez membros, e que a Coordenação fará o possível (tudo vai depender do volume de inscrições) para formar grupos com a mesma proporção de homens e mulheres, com afinidades entre si (mesma faixa etária, mesmo grau de escolaridade, mesmos objetivos no Curso, etc.). Os membros destes grupos conviverão em um período de três encontros semanais de duas horas cada um, falando e aprendendo sobre um assunto que é de suma importância para todos. Em seis horas totais de convivência, as pessoas do grupo terão a oportunidade de obter uma visão geral sobre cada membro: o que ele pensa, como se comporta, quais são seus valores e objetivos. Agora pense: quais outros contextos lhe fornecem uma oportunidade tão rica quanto esta de conhecer pessoas interessantes, e quais destes estão tão acessíveis a você quanto o Curso?

Portanto, a oportunidade de conhecer de forma um pouco mais profunda que o usual parceiros em potencial pode ser um dos benefícios secundários deste Curso, além de todas as informações sobre atração, conquista e manutenção de relacionamento a que os alunos terão acesso. Na pior das hipóteses você terá a chance de fazer novos amigos, que como a Ciência já sabe também são fontes importantes de contato com futuros(as) namorados(as)... Mas isso será um assunto para outro artigo.

Mulheres bebem além do limite para atrair homens, diz estudo

Para 16% das estudantes nos EUA, elas ficam mais atraentes quando bebem como os meninos

Matéria publicada no portal do Terra em 10 de março de 2009, 22h08 por Claudio R. S. Pucci, (Link http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI3626108-EI4788,00.html)

No eterno jogo da conquista, em que parecer interessante é a chave de tudo, as coisas estão saindo dos limites. Pesquisa realizada nos EUA com 3.316 estudantes de duas universidades mostrou que muitas meninas estão bebendo mais do que deveriam para conseguir impressionar seus parceiros.

O estudo mostrou que a grande maioria dos moços gostaria que suas parceiras, sejam amigas ou namoradas, bebessem, mas 71% das moçoilas acabam superestimando a dose. Analisando os diferentes subgrupos, os pesquisadores notaram que 26% dessas moças acreditam que um homem é mais propenso a ter amizade com mulheres que bebam acima de cinco drinques, enquanto 16% já acham que serão mais atraentes se beberem tanto quanto os meninos. Quando as duas estimativas são confrontadas com o que os garotos querem, as diferenças de opinião aparecem.

"Existe uma grande e arriscada desconexão entre os sexos", afirma Joseph LaBrie, PhD, professor de psicologia na Loyola Marymount University e autor do estudo. "Não são todas as mulheres que estão bebendo para chamar a atenção dos homens, mas isso pode explicar porque mais e mais mulheres estão bebendo a um nível perigoso".

A pesquisa será publicada na edição de março da revista médica Psychology of Addictive Behaviors, e o pesquisador LaBrie já está conduzindo outro estudo de acompanhamento, com a inversão de papéis. Ou seja, o objetivo será levantar o que os homens acham que as mulheres querem que eles bebam e em quais quantidades.

É bom notar que homens e mulheres possuem diferenças físicas que influenciam na capacidade de suportar bebidas alcoólicas. Homens têm mais massa muscular para segurar a onda e mulheres, em média, absorvem 30% mais álcool em sua corrente sangüínea. E, se a biologia não lhe fizer pensar duas vezes antes de se embriagar, fica aqui o lembrete: um homem que bebe demais se torna um babaca. Já a mulher, um alvo fácil.Serviço: Para quem quiser mais detalhes, o estudo está publicado na íntegra no site da American Psychological Association e pode ser lido, em inglês, no www.apa.org/journals/releases/adb231157.pdf.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A Ciência e o Amor

Sei de pessoas que não querem fazer este Curso porque acham que um curso sobre relacionamentos "tiraria o encanto" do amor, reduzindo-o a um assunto científico sem alma e calor. Nada mais equivocado.

Se você ganha de alguém um novo aparelho celular, repleto de recursos interessantes que lhe serão muito úteis, qual é a sua tendência? Ir direto para o manual de instruções para aprender a usá-lo o quanto antes? Perguntar para alguém que tem um aparelho igual? Explorar cada comando? Ou simplesmente ficar contemplando-o, pensando o quanto ele é maravilhoso porém nada fazendo para aproximar-se dele e utilizá-lo a seu favor?
Acredito que você pode ter dado como resposta qualquer uma das três primeiras opções, mas dificilmente escolheu a quarta, pois esta última não faz sentido se o que você quer de fato é incorporar este novo celular no seu cotidiano (se não fosse assim, para que teríamos celulares, então?).

O mesmo raciocínio se aplica ao estudo científico do Amor. Quanto mais sabemos o que realmente atrai as pessoas, o que as conquista e o que nos mantém com elas, mais próximo de nós poderemos ter o Amor. Ainda estamos longe de formular um Manual de Instruções sobre o Amor, mas foram feitos no mundo inteiro estudos muito esclarecedores sobre o motivo, o início, a manutenção e (quando é o caso) o fim dos relacionamentos amorosos. O curso "Construindo Bons Relacionamentos Amorosos" mostra aos alunos uma parte destes estudos e dá referências sobre onde encontrar mais deles.

Você já ouviu dizer que "conhecimento é poder"? Pois é: o Curso lhe proporcionará este conhecimento de que você precisa para aumentar suas chances de encontrar alguém com quem possa estabelecer o relacionamento que sempre quis ter. E, pensando bem, isso não lhe parece bem romântico?

Entrevista na Rádio Metropolitana

Hoje participei de uma entrevista na parte da manhã na Rádio Metropolitana, no programa comandado interinamente pelo Marcos "Leona". Falamos um pouco sobre a proposta do Curso e respondi a algumas questões sobre Relacionamento Amoroso feitas pela Equipe.

Como não deu tempo de falar tudo sobre o Curso e de atender aos ouvintes, farei uma próxima entrevista na próxima terça-feira, dia 05/05, aproximadamente às 11:20 da manhã. Aproveite e mande uma pergunta para o programa: O telefone da Rádio Metropolitana é 4799-2888.

Por que você deveria fazer um curso sobre relacionamentos amorosos?

Pode ser que quando você ouviu falar deste Curso pela primeira vez você tenha pensado algo como "Isso é coisa pra gente desesperada", ou "Isso é para quem tem problema, e não para mim", ou "Que futilidade! Eu não estou nadando no dinheiro para poder pagar estas coisas...". Porém, como vou demonstrar para você neste texto, ser capaz de construir relacionamentos amorosos duradouros e gratificantes tem um impacto na vida de uma pessoa que vai muito além das questões amorosas.

Quem nunca teve um desempenho fraco em um dia de trabalho por ter tido, no dia anterior, uma decepção amorosa ou um desentendimento com alguém especial (ou pelo menos conhece algum caso assim)? Certa vez uma ex-paciente minha me contou que tinha uma chefe com um relacionamento amoroso bastante instável. Quando as coisas iam bem esta chefe se comportava de um modo, mas quando havia algum problema neste relacionamento a empresa inteira acabava sabendo, pois esta chefe simplesmente "descontava" sua raiva, tristeza e frustração nos funcionários. Imaginem, portanto, o impacto deste comportamento no desempenho da empresa ao longo de dias, de meses, de anos... E isso acontece o tempo todo, no mundo inteiro.

Por mais que haja um discurso vigente de "não misturar vida profissional com vida pessoal", sabemos que de fato há muitas pessoas com grande dificuldade de conseguir separar as duas coisas, pelo menos ao nível da postura profissional - porque, no fundo, não dá para pegar uma pessoa e "fatiá-la" em "ela mesma", "a funcionária da empresa X", "a cônjuge do Fulano", "a mãe do Cicraninho", "a vizinha do Sr. Y", etc. Todos os nossos papéis sociais interagem entre si o tempo todo e se influenciam mutuamente. Assim, se alguém se encontra insatisfeito no "lado amoroso", é inevitável que não surja alguma consequência nas outras áreas de sua vida.

Também tenho observado, em minha experiência dentro e fora do consultório, a grande quantidade de pessoas "travadas" pessoal e profissionalmente porque têm concentrado quase todas suas energias e recursos na "busca pela alma gêmea". Parece que, enquanto elas não atingirem este objetivo, ficará bem mais difícil obterem o sucesso em outras áreas de suas vidas - não por falta de capacidade, mas porque "não têm olhos" para as outras questões. E há estudos científicos realizados em várias partes do mundo mostrando que pessoas com relacionamentos amorosos estáveis e gratificantes têm índices maiores de autoestima e realização pessoal e profissional, têm mais facilidade de extrair prazer de relacionamentos sociais e familiares e, no caso dos homens, há até um aumento na expectativa de vida.

Como você pode ver, um relacionamento amoroso bem-sucedido tem um impacto profundo sobre a pessoa como um todo e também para aquelas que a cercam. E quem está de posse de informações sobre como obter e manter um bom relacionamento tem mais chances de conseguir um. Portanto, fazer um curso sobre relacionamentos amorosos é uma questão de estratégia: quem investe seriamente na questão amorosa terá maiores chances de obter resultados positivos não só neste campo, mas em todos os outros de sua vida.