sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O maior erro da comunicação

"Ninguém me entende”; “por que Fulano não me ouve?”; “parece que eu falo para as paredes!”... Quantas vezes ouvimos certas pessoas, em especial casais de longa data, fazerem estas reclamações sobre o cônjuge ou aqueles que as cercam? Elas nos fazem até concluir que são injustiçadas, exploradas, ignoradas pelos outros, sempre tão egoístas e insensíveis...

O que muitas dessas pessoas não sabem é que existe uma espécie de “regrinha básica” que é a base para uma comunicação eficaz entre duas pessoas. É uma regra simples, mas espantosamente ignorada: procure sempre se colocar no lugar da pessoa com quem você fala e assim você poderá obter mais dela.

Ninguém irá fazer o que você deseja, passar a pensar do seu jeito, comprar o seu produto ou serviço apenas porque você quer: para conseguir convencer alguém a qualquer uma dessas coisas, é indispensável que você mostre a essa pessoa o que ela vai ganhar com isso. Por exemplo: há pais que “imploram” para os filhos não fazerem bagunça com os brinquedos porque “eu não gosto de bagunça”. Ora, e daí que você não gosta de bagunça? E se seu filho gostar, como fica? Uma alternativa que pode dar melhores resultados é você lhe dizer que quando ele guarda os brinquedos ele não corre o risco de tropeçar neles e acabar quebrando-os – ou seja, mostrar a ele que ele vai ganhar alguma coisa com isso; os brinquedos dele não vão quebrar por esse motivo e assim eles podem durar mais.

Portanto, da próxima vez em que você estiver tentando convencer alguém a fazer algo que você acha ser o mais adequado, coloque-se por um momento no lugar dessa pessoa e pense: “Por que seria bom para ela fazer/pensar/comprar isso?”. Então, comece a falar com essa pessoa tendo ela como o foco da conversa, e não você. A grande maioria das pessoas, observe, se coloca como o centro das conversas que têm com os outros – “Ah, porque eu isso...”; “Eu acho errado você fazer isso porque...”; “Faça isso por mim”; “Você não pensa no meu lado?”, etc. – e, portanto, quem faz o inverso e se ocupa mais em ouvir e entender o seu interlocutor costuma conseguir muito mais resultados dele.

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